
O Momento do Empreendedorismo Brasileiro
Entre maio e agosto de 2025, o Brasil registrou a abertura de 1,67 milhão de novas empresas, um crescimento de 14,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O cenário se torna ainda mais expressivo quando olhamos para o perfil desses novos empreendimentos: 93,8% são micro e pequenas empresas, segundo dados do Ministério do Empreendedorismo. Esse volume demonstra a força do empreendedorismo de pequeno porte como motor da economia brasileira.
Os riscos que toda empresa enfrenta
Abrir uma empresa significa aceitar uma série de exposições ao risco. Algumas são evidentes, outras se revelam apenas quando o problema acontece. Conhecer essas vulnerabilidades é o primeiro passo para construir uma estratégia de proteção eficaz.
Riscos Patrimoniais Físicos – Incêndios, explosões, quedas de raio, vendavais e desmoronamentos não respeitam porte empresarial. Uma padaria no bairro está tão exposta quanto uma indústria no distrito industrial. A diferença é que a grande empresa normalmente tem reservas financeiras para absorver o impacto, enquanto a pequena empresa vê seu patrimônio evaporar sem capacidade de reposição.
Danos elétricos, comuns em época de instabilidade no fornecimento de energia, podem inutilizar equipamentos de alto valor. Computadores, sistemas de refrigeração, máquinas industriais — todos dependem de uma rede elétrica estável que nem sempre está sob controle do empresário.
Riscos de Subtração de Bens – Roubos e furtos representam uma ameaça constante, especialmente nas grandes capitais onde os índices de violência são maiores. Não se trata apenas do dano sofrido naquele momento, mas do impacto na operação como um todo: vitrines quebradas, sistemas de segurança danificados, o que vai acumulando os prejuízos.
Para empresas que trabalham com estoque, a perda de mercadorias pode comprometer o fluxo de caixa por semanas. Para prestadores de serviço, o roubo de equipamentos pode interromper completamente a capacidade de atender clientes.
Responsabilidade Civil – Acidentes acontecem. Um cliente escorrega no piso molhado, um produto causa danos a terceiros, um funcionário se machuca durante o expediente. Nesses casos, a responsabilidade legal e financeira recai sobre a empresa. Processos judiciais podem arrastar-se por anos e gerar despesas que superam em muito o capital inicial do empreendimento.
A cobertura de responsabilidade civil é uma necessidade para qualquer negócio que interaja com clientes, forneça produtos ou possua um ambiente de trabalho físico.
Seguro empresarial: Além da obrigação legal
Muitos empresários desconhecem, mas existe obrigatoriedade legal para contratação de seguro contra incêndio em determinadas situações. O Decreto nº 61.867 de 1967 estabelece que pessoas jurídicas são obrigadas a segurar contra riscos de incêndio os bens que constituem seu patrimônio.
Porém, a questão central não deveria ser a obrigação, e sim o controle de riscos. O seguro empresarial funciona como instrumento de continuidade operacional em momentos de crise. Enquanto muitos enxergam apenas custo, empresários reconhecem a importância de uma boa gestão de riscos.

Estrutura Básica do Seguro Empresarial
O seguro empresarial é uma modalidade compreensiva, ou seja, reúne diferentes coberturas em uma mesma apólice. A estrutura típica inclui uma cobertura básica obrigatória e coberturas adicionais que podem ser contratadas conforme o perfil de risco de cada negócio.
A cobertura básica geralmente contempla incêndio, raio e explosão — os chamados riscos fundamentais. A partir daí, o empresário pode adicionar proteção para danos elétricos, vendaval, granizo, alagamento, desmoronamento, roubo de bens, roubo de valores, quebra de vidros, lucros cessantes e responsabilidade civil e outros riscos.
Coberturas estratégicas para pequenas empresas
Para micro e pequenas empresas, algumas coberturas merecem atenção especial por representarem riscos desproporcionais ao porte do negócio.
Perda de Lucro Bruto e Despesas Fixas: A interrupção prolongada das atividades do seu negócio pode gerar prejuízos que decretariam o fim da sua empresa. Aluguel, salários, contas de consumo e impostos continuam vencendo enquanto a empresa está parada. A cobertura de lucros cessantes garante que esses custos sejam cobertos durante o período de recuperação.
Pagamento de Aluguel: Empresas locatárias enfrentam um desafio adicional em caso de sinistro: continuam devendo o aluguel mesmo sem poder usar o imóvel. Essa cobertura garante o cumprimento dessa obrigação contratual durante a paralisação.
Danos Elétricos: Variações de tensão, curtos-circuitos e descargas elétricas são comuns e podem danificar equipamentos caros.
Responsabilidade Civil: Protege a empresa contra reclamações de terceiros por danos causados nas dependências do estabelecimento ou em decorrência de suas atividades. Inclui desde acidentes com clientes até danos a propriedades vizinhas.
Quanto custa proteger uma pequena empresa
O custo do seguro empresarial varia conforme múltiplos fatores: atividade exercida, localização, valor dos bens segurados, histórico de sinistros e coberturas contratadas. Estabelecimentos de baixo risco, como escritórios, podem encontrar proteção básica a partir de valores mensais acessíveis.
O erro comum é avaliar o seguro apenas pelo valor pago. A análise correta compara o custo da proteção com o custo da ausência dela. Um empresário que investe todo seu capital na abertura da empresa está, na prática, apostando que nenhum evento adverso acontecerá. É uma aposta de risco desproporcional.
A lógica financeira aponta para uma conclusão contraintuitiva: quanto menor a empresa, maior a necessidade de seguro. Grandes corporações possuem reservas, linhas de crédito e estrutura para absorver impactos. Pequenas empresas não têm esse colchão — um único sinistro pode significar o fim da operação.
Como escolher o seguro adequado para seu perfil
A contratação de seguro empresarial não deveria seguir um modelo padronizado. Cada negócio tem exposições específicas que exigem análise individualizada. Um restaurante enfrenta riscos completamente diferentes de uma loja de roupas, que por sua vez difere de um escritório de consultoria.
Mapeamento de Riscos Específicos – O primeiro passo é identificar quais eventos representam maior impacto para sua operação. Faça perguntas objetivas: se um incêndio destruísse o estabelecimento hoje, quanto tempo levaria para reabrir? De onde viria o capital para reconstrução? Como seriam pagos os compromissos fixos durante esse período?
Para empresas que trabalham com estoque, quanto representa financeiramente a mercadoria mantida no local? Em caso de roubo ou incêndio, haveria capacidade de repor esses produtos e continuar operando?
Atenção às Exclusões e Limitações – Toda apólice de seguro tem exclusões — situações em que a cobertura não se aplica. Ler e compreender essas cláusulas evita frustrações futuras. Algumas exclusões são padrão do mercado, outras são específicas de cada seguradora.
Limitações territoriais, franquias, carências e restrições de horário são aspectos que devem ser claramente compreendidos antes da contratação. Um seguro mal dimensionado pode ser tão prejudicial quanto não ter seguro algum, pois gera falsa sensação de proteção.
O papel do corretor especializado
A complexidade técnica do seguro empresarial torna fundamental o trabalho de um corretor especializado. Não se trata apenas de comparar preços, mas de construir uma estratégia de proteção alinhada ao perfil de risco e às possibilidades financeiras da empresa.
A A2TM tem orgulho de auxiliar empresas de diversos setores na estruturação e gestão de suas carteiras de seguros, sempre com o objetivo claro de construir um ecossistema comercial longevo e antifrágil.
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